segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Coluna do Amilcar jr

Há sete anos no Flamengo, Leonardo Moura virou sinônimo da lateral direita do Rubro-Negro. O contrato do jogador se encerra no fim do ano. E o último - ou melhor, o primeiro - dos moicanos começa a falar em tom de adeus. Aos 33 anos, Léo Moura afirma que deseja permanecer no clube, mas deixa claro que pode estar próximo da despedida.

- É meu último ano de contrato, pode ser meu último no clube, quero deixar boa impressão. Por mim, encerraria a carreira no Flamengo, pretendo jogar por mais uns três anos, mas nunca se sabe o que pode acontecer quando termina o contrato. Quero fazer uma temporada melhor que a passada, quando meu rendimento não foi o mesmo de sempre. Quero dar a volta por cima agora. E, se for minha despedida, que seja um ano positivo - afirmou Léo Moura.

O lateral, que começou a usar o penteado moicano antes que virasse moda com Neymar, é o remanescente de um grupo que ganhou um Brasileiro, uma Copa do Brasil e quatro estaduais. Acostumado aos problemas do clube, Léo Moura espera que a diretoria resolva problemas de atraso de luvas e direitos de imagem.

- Todo mundo que tem um atrasado quer receber. Cabe ao clube resolver, temos trabalhado forte, e essas coisas fora de campo cada um vai resolver. Esperamos que quem tenha problema resolva - disse o lateral-direito.

Em meio aos problemas, Léo Moura já foi solução. Em 2002, quando atuava no Palmeiras, ajudou Itamar, atacante recém-contratado pelo Flamengo, a se consagrar.

Sou realizado profissionalmente, mas se aparecer alguma coisa tenho que pensar na minha família. Não sei o que vai acontecer. Quero ficar, estou aqui há sete anos e sempre fui feliz"
Léo Moura

- Joguei com ele no Palmeiras em 2002. É um jogador de área. Ele até comentou que eu o ajudei a ser vendido, pois teve um jogo em que ele fez dois gols e eu dei os passes - recordou.

Ao lado de Renato Abreu, Léo Moura é o único remanescente do jogo entre Flamengo e Real Potosí, o empate por 2 a 2 pela Libertadores de 2007. Ele acredita que os nove dias de preparação em Sucre (a 2.800 metros do mar) servirão para que o time sofra menos com a altitude quando chegar a Potosí (4.000 metros) para a partida no próximo dia 25.

- Da outra vez, eu só senti um pouco de dor de cabeça na volta. Lembro que o Renato Augusto passou mal. Acho que a aclimatação vai fazer a diferença. Estamos nos preparando mais para o jogo. Quando foi definido que o Flamengo jogaria lá, nem acreditei, por tudo que passamos da primeira vez, por ter sido uma experiência ruim. O importante é não perder na casa do adversário.

A possibilidade da despedida do Flamengo ao fim do ano faz Léo Moura pensar no futuro e pensar no passado e presente de alegrias no clube.

- Sou realizado profissionalmente, mas se aparecer alguma coisa tenho que pensar na minha família. Não sei o que vai acontecer. Quero ficar, estou aqui há sete anos e sempre fui feliz.

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